sábado, 25 de novembro de 2006

Mudança

Pensamentos... que descem à alma Movem-se em torno de mim, Compadecem-se de mim... Sou triste e não tenho calma. Sei que vou morrer. Todos o sabemos Mas será que todos morremos, Mesmo assim? Acreditei em tempos na eternidade, Agora sinto-a, neste presente. Porque é no presente que ela se afirma, E não na continuidade de um tempo ausente. A eternidade sabe ser. Eu, é que não sei. Acredito nela e tenho medo de me perder. Em mim, nunca acreditei. Os outros são como um nada, Eu só a mim me importo. A poetisa ri, fez um esboço,
E eu não me convenço, saio calada... Não vou mais adiante Com medo de me perder no caminho. Mas é em mim que caminho, sem destino E me perco delirante. Dou voltas e cambalhotas. É nisso que se resume uma vida de infortúnio. Não quero navegar, quero flutuar Em mares de marés mortas. O desfecho da vida, não o sei. Ainda não o vivi, Mas penso nele, mais do que em mim.

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