sexta-feira, 2 de março de 2007
Mega Concerto Visão
Sábado à noite, Pavilhão Atlântico... É o Mega Concerto Visão (imperdível) onde, mais um vez, se fez história: os veteranos do rock português continuam em alta e mais frescos do que nunca. Patrocínio: Monte Velho ("O vinho da sua vida") que ajudou, certamente, a que os ânimos se alterassem e os corpos se começassem a soltar. E não durou muito tempo para que isso acontecesse... Bastaram soar os primeiros acordes do "anzol" dos Rádio Macau, para que os sorrisos se alargassem e as mãos se erguessem para o ar. Juntos desde os anos 80, gravaram oito albuns e continuam em forma. Logo em seguida surge Jorge Palma acompanhado pelos "Demitidos", com o seu ar de boémio incurável que nos maravilha, mesmo quando não se recorda das letras ou quando decide experimentar novas combinações sonoras em pleno concerto (misturou o início de duas músicas suas que, na sua combinação, resultaram numa harmonia muito interessante). O alinhamento das músicas foi: Lado errado da noite; Jeremias, o fora da lei; Cara d'anjo mau; Escuridão; Deixa-me rir; Dá-me lume; Portugal, Portugal... É tempo de fechar a cortina e mudar tudo em palco, bateria, guitarras, microfones, pedaleiras e tudo o mais que for para mudar, mas eis que, desta vez, surge um problema. Fica caído no palco o que parece ser um dos guitarristas de Jorge Palma, um problema qualquer no joelho. É então que aparecem os GNR, também já com 20 anos de carreira e um atrevimento cada vez mais aguçado... as suas críticas fizeram-se ouvir, no meio de gestos excêntricos e uns acordes de guitarra que fizeram muita gente viajar. Tocaram as músicas mais antigas numa onda saudosista que fez maravilhas... É hora do intervalo, o povo aproveita para descansar, trocar impressões dos concertos e, claro... beber mais um copinho ou acalmar o estômago. Foram seis horas de pura loucura musical com variadíssimas sensações a cada concerto, com algumas variações no estilo mas sempre com a influência do rock em todas as bandas. Radio Macau numa onda mais pop, Jorge Palma no seu blues ao piano, GNR no mais puro rock português e, eis que aparece, Pedro Abrunhosa com o seu estilo Funk. Cheio de energia, cantou, essencialmente, músicas do álbum "Viagens" homenageando, assim, o emblemático James Brown. Termina o seu espectáculo com uma música do próximo álbum (acompanhado por um coro) apelando, desta forma, ao amor e à fraternidade entre os povos e, principalmente, entre o povo português. Como não podia deixar de ser, segue-se Rui Veloso com os seus óculos de sol do rock e a sua guitarra nos braços. A maior parte dos temas interpretados são do primeiro álbum "Ar de rock" fazendo jus ao intuito do festival e agradando, desta forma, os amantes do rock português: Chico fininho; Sei de uma camponesa; Ai quem me dera rolar contigo num palheiro; rapiriguinha do shopping e mais algumas, foram as músicas escolhidas por este senhor que já tem 13 álbuns e continua a agradar multidões. É, então, que surge o mais esperado daquela noite... rapazes e raparigas que não tiraram o pé da primeira fila só para verem (mais um vez) os grandiosos Xutos e Pontapés... Todos em grandes forma, tocaram as músicas mais conhecidas e puseram o pavilhão todo a cantar "As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...". O espectáculo termina em esplendor: os músicos regressam todos ao palco, interagindo uns com os outros e cantando "Venham mais cinco" do grande José Afonso. Entre risos e abraços, todos se despedem desta grande noite em que se juntaram artistas que já tiveram projectos juntos, que já lutaram por causas iguais, que fazem parte da nossa cultura e que são motivo de orgulho para o povo português.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Escuridão Musical
Fecho os olhos...sinto,
Ela desliza lá fora,
Intenso, o céu chora,
Intenso eu o sinto.
Um embater constante,
Que só os ouvidos olham,
Os tremores que molham,
E o vento sussurrante.
Que bela manifestação,
Que os olhos não escutam,
Os elementos que lutam,
Lá fora na escuridão.
Uma combinação despercebida,
A quem segue com o olhar,
Uma magia a encontrar,
Uma magia que só ouvida...
Acordo de repente,
E a chuva não caía,
A sua beleza que percebia,
Fora um sonho tão somente.
Ela desliza lá fora,
Intenso, o céu chora,
Intenso eu o sinto.
Um embater constante,
Que só os ouvidos olham,
Os tremores que molham,
E o vento sussurrante.
Que bela manifestação,
Que os olhos não escutam,
Os elementos que lutam,
Lá fora na escuridão.
Uma combinação despercebida,
A quem segue com o olhar,
Uma magia a encontrar,
Uma magia que só ouvida...
Acordo de repente,
E a chuva não caía,
A sua beleza que percebia,
Fora um sonho tão somente.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
O poema é...
Uma pergunta antes de mais: porque somos só nós os 3 que escrevemos e comentamos no blog? enfim... O seguinte poema foi escrito por mim e por um amigo meu, intercalendo quadras, e intitula-se "O poema é...":
O poema é mensageiro
Portador
da alegria, da euforia.. e também da dor
Mensageiro dos sentimentos
Sentimentos que na alma vão,
sentimentos do coração.
O poema é mensageiro,
portador do mundo inteiro.
É amante,
é contador de histórias,
recorda momentos de glórias,
de batalhas que nunca serviu.
No entanto,
também aviso,
é triste no seu encanto
é merecedor de um sorriso.
É mentiroso inocente
consegue mentr a toda gente
Afirmando ter enfrentado gigantes e ciclopes
... mas sabe-nos pôr a voar
É mistério, é incerto.
É magia, e eu sou mágica.
Não é preciso muita prática,
pois todos temos sentimentos.
Mesmo o coração mais frio
consegue aquecer-nos com este jogo.
E com tabto fogo
também nos pode queimar.
Amor, amizade, família,
luta, paixão, natureza...
estes são, com toda a certeza
a razão da sua existência
É tudo, e não é nada
Mas gosto de o sentir assim
Depois deste poema
continuo na incerteza
pois nunca em palavras
se descreve o qe o poema é...
Já agora... o que é para vocês o poema? *
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Lampião...
Noites de acalmia
Que se aproximam devagar,
Trazem alguma alegria,
Quase nos fazem viajar.
Encontrei um poeta solitário
Que me falou com simpatia,
Seu olhar brilhava, qual opiário...
Mostrava certa empatia.
Obrigada à vida! Digo eu...
Alcancei a tranquilidade
Que ela me prometeu,
E encontrei, finalmente, a minha liberdade.
Noites de fado.
Noites em que o fado se afirma.
Em que o tédio termina
E tu estás ao meu lado...
Por que razão a cultura portuguesa
Foi esquecida para o resto do mundo?
Ela, que é perfeita na sua essência
E sobrevive ao infortúnio?
Alcanço o dia da minha desgraça,
Sinto o desmoronar da minha vida.
Ando, por aí, perdida... descalça...
Numa madrugada que se olvida.
Sou como a música da minha vida.
Sou como um fado que carrega um fardo pelo fado...
A mente que mente!
Lembras-te daquele acordar matinal,
Em que as peles se encontravam macias,
Em que os cheiros eram mágicos e a vida normal?
Eu nunca mais me senti assim...
Como eu queria voltar a viver tudo aquilo.
Agora que me perdi no caminho
Já não sei como voltar atrás,
Já nem sei se me voltaria a sentir assim...
Lembras-te como eu era feliz?
O meu sorriso era para ti... amor
E tu não lhe deste valor.
Já não me lembro como me sentia!
Quando viro o olhar para o nada,
O teu olhar assombra-me as ideias,
O teu corpo assemelha-se a fronteiras
Que já nada preciso de ultrapassar.
Enquanto penso no que não quero
Vou escolhendo um tema sério.
Vou morrendo de desespero
E esperando que passe o tédio.
Mas quando faço um esforço,
Sim, um esforço para me lembrar de ti,
Dói-me a cabeça. E eu penso:
O que é que isto me interessa?
Já não quero viver assim!
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Desespero na Saudade
Eu tb escrevo.
Aqui fica um dos meus...
Na escuridão procuro,
o teu sorriso disfarçado.
Escondido,
por entre sombras perdido,
num esconderijo condenado.
Espreito entre a penumbra,
Aguardando a tua chegada.
Calado,
no meu canto, reservado,
sofro esta angustia demorada...
Questiono-me se vens,
E se sim, porque te atrasas?
Fico à espera de sinais,
de amor e muito mais.
Imagino-te e ganho asas...
Vejo-te nas paredes,
Sempre bem, sempre a sorrir.
E vejo...
Sonho com o beijo,
Sempre a acabar, sempre a fugir...
Desapareço do mundo,
Na ilusão que permanece.
Sou consumido,
Fico perdido,
Numa paixão que ainda aquece.
Sinto cada detalhe,
Magoa-me esta distância.
Vejo-te ausente...
Não sais da minha mente,
Ecoas sem ressonância.
A cada momento sem ti,
O meu coração aperta.
Ambiciono a tua entrada,
Olho e não vejo nada,
Vejo-te numa porta aberta.
Sou impelido a continuar,
Esta luta desconhecida.
Sem uma pausa,
Luto por uma causa,
Por muitos dita perdida...
Os dias passam,
O sentimento fortalece
Que nem explosão
De lava, num vulcão,
Um calor que não arrefece.
A penumbra é então substituída.
Pela luz da madrugada.
Em raios multicolores,
Que unem dois amores
Vitimas de tudo...Vitimas de nada...
Ajo...e abro-te a porta,
A porta do meu coração.
Aparentemente frio,
E um pouco vazio,
Mas repleto de sensação.
Sinto-me vulnerável,
Mostrei-te minhas fraquezas.
Usa-as bem,
Aproveita-as também,
É raro baixar as defesas.
Irrito-me com facilidade,
Tenho ciume permanentemente.
Sinto sofrimento,
E a raiva do momento,
Que me abandona de repente...
Provocas-me tremenda ansiedade,
Tenho medo que desapareças.
Na noite, na escuridão
Que me deixes na solidão,
Que fujas e me esqueças...
Quando entras, sigo-te com os olhos,
Admiro esse sorriso meu.
Esse olhar descontraído,
Por vezes perdido,
Cujo dono sou só eu!
A incerteza domina tudo,
Neste mundo encantado.
Envolvido pelo escuro,
Desconheço meu futuro,
É este o meu grande fado!
/Vasco Cotovio
Aqui fica um dos meus...
Na escuridão procuro,
o teu sorriso disfarçado.
Escondido,
por entre sombras perdido,
num esconderijo condenado.
Espreito entre a penumbra,
Aguardando a tua chegada.
Calado,
no meu canto, reservado,
sofro esta angustia demorada...
Questiono-me se vens,
E se sim, porque te atrasas?
Fico à espera de sinais,
de amor e muito mais.
Imagino-te e ganho asas...
Vejo-te nas paredes,
Sempre bem, sempre a sorrir.
E vejo...
Sonho com o beijo,
Sempre a acabar, sempre a fugir...
Desapareço do mundo,
Na ilusão que permanece.
Sou consumido,
Fico perdido,
Numa paixão que ainda aquece.
Sinto cada detalhe,
Magoa-me esta distância.
Vejo-te ausente...
Não sais da minha mente,
Ecoas sem ressonância.
A cada momento sem ti,
O meu coração aperta.
Ambiciono a tua entrada,
Olho e não vejo nada,
Vejo-te numa porta aberta.
Sou impelido a continuar,
Esta luta desconhecida.
Sem uma pausa,
Luto por uma causa,
Por muitos dita perdida...
Os dias passam,
O sentimento fortalece
Que nem explosão
De lava, num vulcão,
Um calor que não arrefece.
A penumbra é então substituída.
Pela luz da madrugada.
Em raios multicolores,
Que unem dois amores
Vitimas de tudo...Vitimas de nada...
Ajo...e abro-te a porta,
A porta do meu coração.
Aparentemente frio,
E um pouco vazio,
Mas repleto de sensação.
Sinto-me vulnerável,
Mostrei-te minhas fraquezas.
Usa-as bem,
Aproveita-as também,
É raro baixar as defesas.
Irrito-me com facilidade,
Tenho ciume permanentemente.
Sinto sofrimento,
E a raiva do momento,
Que me abandona de repente...
Provocas-me tremenda ansiedade,
Tenho medo que desapareças.
Na noite, na escuridão
Que me deixes na solidão,
Que fujas e me esqueças...
Quando entras, sigo-te com os olhos,
Admiro esse sorriso meu.
Esse olhar descontraído,
Por vezes perdido,
Cujo dono sou só eu!
A incerteza domina tudo,
Neste mundo encantado.
Envolvido pelo escuro,
Desconheço meu futuro,
É este o meu grande fado!
/Vasco Cotovio
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Farta da vida
Silvia, concordo contigo e por isso também vou começar a postar textos e poemas, mesmo que sejam parvos. Acho que mais pessoas o deviam fazer, mas é como a Silvia disse, "cada um faz o que quer".
isto é um poema que escrevi há alguns anos...
Se alguém gosta de mim, de tudo desconheço
E se toda a gente me odeia, é porque mereço
Não sou bonita, muito menos sou engraçada
Quando se fala em rapazes, fico toda embaraçada
Eu só queria ser feliz, mas isso até já se esquece
A minha vida é uma m****, nada de bom acontece
Tenho pessoal que me odeia, tenho pessoal que me goza
Foi assim a vida inteira, já me sinto horrorosa
Cada dia que passa, odeio-me mais
Cada dia que chega, odeio mais os meus pais
Já tou farta da vida, já tou farta de tudo
Já tentei muitas vezes, mas em nada mudo
Continuo idiota, e continuo a ser lerda
Sou uma tentativa falhada, isto é tudo uma m****
Para bem da sociedade, só penso em me suicidar
Para bem de todos, morta já eu devia tar.
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Sonhos
Leva o som da tua alma para o fim do sonho, o meu sonho obscuro, o sonho da sombra que surge na parede branca. A vida é como esta parede branca e eu sou um poro por onde o ar, as lágrimas e o cheiro saem... a água da vida acalma-me e branqueia-me, atinge-me e cega-me de amor. O teu amor que partiu e se transformou em líquidos amnióticos que segregam nutrientes sarcásticos. Que bom que é tomar um banho de sarcasmo que me transforma neste ser, efémero mas tranquilo, cheio de nadas. Volto para o meu poiso, ele é tudo o que tenho... por agora. Que medo me transborda a alma agora, por não querer sair dele. Se saisse tornar-me-ia uma utopia no meio de tantas utopias. Imploro por perdão, só que não sei a quem... peço-lhe que me siga, que me acompanhe a casa porque eu tenho medo, tenho muito medo. Que raivas são estas que me modificam e deixam-me ficar para trás... onde ia eu? Ah, já me lembro... estava a caminho da solidão...
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Aviso
A todos os meus colegas que têm Análise e Crítica da Televisão (turma1) se forem ao site da disciplina encontram informação sobre a próxima aula (dia 14 de fevereiro), que se realizará no Auditório 2 as 11:30 com o professor Peter Robson.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Um Poema
Amei-te tanto um dia.
Amei-te tão perfeitamente
Que te roubei a alma
E a senti como minha.
Absorví-a com força
Com medo de a perder.
Como se a cada suspiro
Ela se pudesse desvanecer.
E era assim que eu me sentia.
Em dias que era para esquecer.
Em que a tua alma me pertencia,
E eu só queria morrer.
Hoje não a quero mais.
Largo-a em qualquer poça da rua.
Mas ela não me deixa em paz,
Sorri para mim e segue-me, maldita, como a lua.
O meu sonho é não ter sonhos.
É esquecer quem fui e quem foste.
É navegar para Ocidente
E ser amante do Presente.
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